A Escola é considerada a primeira Escola de Samba que surgiu oficialmente em Uberlândia, através da inspiração buscada nos desfiles das Escolas do Rio de Janeiro. A Escola surgiu como um bloco de aproximadamente trinta foliões que a partir de 1954 tomou impulso significativo. Em 1954, Pato e Lotinho, com amigos do Patrimônio que se reuniam com freqüentadores do Clube Caba Roupa (José do Patrocínio), fundaram a Tabajara sem o “S” em homenagem a Orquestra de Severino Araújo. Daquela reunião realizada na Rua Augusto dos Anjos, residência do casal Alberto Alves Carvalho e Darcy R. Carvalho, participaram, dentre outros, Caco Velho (Adhemar Z. Alves), Antônio Babaca (Antônio Gomes), Norma de Oliveira Alves, Cara Torta (Geraldo de Assis), Biscoito (Anísio de Oliveira), Benedita de Oliveira, Doido (Sebastião Belizário), Napinho (Anápio Soares) e Tico (Walter Branco). Ao término dessa reunião, foram definidos o nome da Escola de Samba e as suas respectivas cores, a saber: preto, branco e azul. Em 1956, por iniciativa da Rádio Educadora através de Moacir Lopes e Maximiliano Carneiro, foi realizado o 1º concurso de Escolas de Samba de Uberlândia. O resultado foi a vitória da TABAJARA sobre suas co-irmãs Aymorés, Pavão Dourado - Zanzibar e Coqueiro. Tabajara também foi a vencedora do primeiro concurso oficial realizado em 1957, tendo desde essa época conquistado por diversas vezes o carnaval de Uberlândia.
Mestre Lotinho comandou a escola até o fim da década de 70, logo em seguida seu filho Passarinho assumiu a direção e permaneceu até meados dos anos 80. Depois Gilson coordenou a Escola até o ano de 1994. Em 1995 foi montada uma comissão de moradores do Bairro Patrimônio sendo coordenada por Almir José de Souza e Carmen Lúcia Costa (Nuna) para não deixar que a escola acabasse. A escola que havia sido campeã por várias vezes, também amargou o 4º lugar por anos consecutivos.
Em 2002 com a formação da nova diretoria, sob a direção de Davi Thomaz Netto, veio a grande transformação, a escola terminou o carnaval sendo vice-campeã e nos anos seguintes disputou ponto a ponto com as concorrentes, ficando sempre como vice ou campeã do carnaval. Hoje a Escola é pentacampeã, e está sob nova direção. Depois de Luciano Martins Faria deixar a presidência, em 2010 é a vez de Priscila Freitas da Costa, também Porta Bandeira há anos, da Tabajara Sociedade Recreativa e em 2011 Lucas Carlos de Oliveira, membro da escola tomou posse no lugar da porta bandeira.
A Escola detêm consecutivamente o título de campeã de 2005 a 2011. Em 2009 entrou na avenida com o samba “Bota o Rei Congo no Congado” de Rogério Miranda e Kássio Silva, em 2010 o samba enredo “Bumba meu pai do campo, bumba meu Brasil bumbá” agitou a avenida, em 2011 a escola cantou “Os Povos Indígenas do Brasil” e conquistou o heptacampeonato.
O desfile da Tabajara em 2012 trará o samba enredo “Peguei um Pau de Arara no Sertão da Caatinga e no Cerrado Vim Morar” de composição de Kássio Silva, Pablo de Oliveira, Neirimar Silva, Marco Túlio Eterno e Luciano Martins e o carnavalesco responsável é Flavio Arciole. O enredo que será levado para a avenida mostrará uma viagem pela cultura do sertão nordestino. Tal recorte foi feito para ressaltar a importância da região do semi árido nordestino nas migrações para o “sul” do país. O desfile trará o motivo que levou o nordestino a deixar sua terra amada, as dificuldades da viagem até chegar em Uberlândia e a chegada em nossa cidade com a contribuição para o desenvolvimento econômico, social e cultural.
ESCOLA DE SAMBA TABAJARA
ENREDO: Peguei um pau de arara no sertão da caatinga e no cerrado vim morar
COMPOSITORES: Kássio Silva, Pablo de Oliveira, Neirimar Silva, Marco Túlio Eterno e Luciano Martins
No embalo do meu samba
Viajei com a Tabajara
Lá pro estado de Minas
Em cima de um pau-de-arara – ôôô
Cabra da peste
No cerrado, eu vim morar
Adeus, meu sertão agreste
Canto aqui, saudade lá
Trouxe na minha mala
Toda minha tradição
Posso aqui festejar
Meu forró e São João
Aqui água brota na terra
Debaixo dos buritis
Aqui, Asa Branca revoa
Junto com os bem-te-vis!!!
Nunca mais vou sentir sede
Nem sentir falta de nada
Deitado na minha rede (BIS)
Frevando com a Tabajara
Eu sou rico de verdade
Num cordel de bravura
Rimo cores com saudade
Sanfona, triângulo e zabumba
Xaxado, forró e baião
Repente de vida dura
Com os reis do sertão. Ôôô
Heróis de nossa cultura!!!
Com os povos de agreste
Do sertão e cariri
Hoje tribos do Nordeste (BIS)
Cantam e sambam por aqui
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